1. A fabricação de iogurte
grego produz toneladas de soro ácido (tóxico) desperdiçados todos os
anos, e ninguém sabe o que fazer com isso
Eis um trecho de uma fascinante matéria da revista Modern Farmer sobre como lidar com o problema do soro de leite:
“
Para cada 100 ou 120g de leite, a Chobani e outras companhias só
conseguem produzir 30g de iogurte grego cremoso. O resto acaba virando
soro lácteo ácido. Trata-se de um dejeto viscoso que não pode ser
simplesmente descartado. Não apenas isso seria ilegal, como também a
decomposição do soro do leite é tóxica para o meio ambiente, roubando o
oxigênio de córregos e rios. Isso poderia transformar um curso d’água
naquilo que os especialistas chamam de ‘mar morto’, destruindo a vida
aquática por áreas potencialmente amplas. Derramamentos de soro de
queijo, um parente de soro de iogurte grego, já matou dezenas de
milhares de peixes nos Estados Unidos nos últimos anos.”
2. Os sucos de laranja que não provêm
de “concentrado” são processados com “pacotes flavorizantes” para
assegurar, de modo artificial, que cada garrafa tenha exatamente o mesmo
gosto
Não importa a estação do ano ou de quais laranjas o suco provém, as
grandes empresas de bebidas fabricam seus produtos de maneira
perfeitamente consistente, ao misturarem no suco flavorizantes
cuidadosamente calibrados, específicos de cada marca.
Essas misturas são adicionadas para substituir os sabores naturais
perdidos quando o suco tem parte do seu oxigênio removido (sendo
“desarejado”) para que ele possa ser mantido em tanques de armazenamento
durante mais de um ano (!) sem oxidar.
Como o sabor adicionado é tecnicamente derivado do óleo e do extrato
da laranja, ele não precisa ser listado de forma específica entre os
ingredientes.
3. É desta forma que os ingredientes para hambúrgueres vegetarianos embalados são misturados uns aos outros:
Num enorme carrinho de mão. Com uma pá. Nossa, adorei tanto isso. Assista ao vídeo completo do Science Channel aqui.
4. A maior parte do leite
comercial é produzida por meio de combinação, aquecimento,
homogeneização e reembalagem do leite de centenas de vacas
O leite é separado em diferentes componentes (gordura, proteína e
outros resíduos sólidos e líquidos) por grandes centrífugas industriais.
Esses componentes lácteos são, então, recombinados em diferentes
proporções para se produzir leite integral, semidesnatado e desnatado
perfeitamente uniformes.
5. Os produtores de cerejas marascas
lavam as frutas com alvejantes químicos e depois as deixam marinando em
grandes cubas com xarope de milho e corante para tornarem as cerejas
vermelhas novamente
Desculpa, elas não nascem assim.
6. Muitas sopas enlatadas são flavorizadas com glutamato monossódico (MSG), mesmo quando elas afirmam o contrário
Feito com MSG. / Sem MSG*. / A Campbell’s produz mais de 90 sopas com
MSG. / A Progresso produz 26 sopas sem MSG*. / Na Progresso, estamos
removendo o MSG* de todas as nossas sopas deliciosas. E não se preocupe,
prometemos manter o mesmo sabor que você sempre adorou. *
exceto o MSG que ocorre naturalmente em extrato de levedura e em proteínas vegetais
O aditivo dá um sabor de carne às sopas, ajudando a compensar a perda
de sabor induzida nos enlatados e a redução de sal (muitas marcas
acabaram reduzindo o seu uso de sal graças a campanhas nutricionais
condenando os altos níveis de sódio).
Existe muitas informações que colocam o MSG como prejudicial
para a saúde humana, e por isso os fabricantes de sopas evitam admitir o
seu uso, afirmando capciosamente que ele “ocorre naturalmente” (porque é
refinado a partir de proteínas de vegetais e de leveduras) e listando-o
entre os ingredientes como “extrato de levedura” ou “proteína
hidrolisada”. Uma verdadeira guerra publicitária eclodiu em 2008 porque a
Campbell’s e a Progresso passaram a temer que os consumidores deixariam
de comprar sopas que contivessem MSG.
7. O processo de enlatamento de sopas é
tão violento que as companhias produzem cenouras superduras em suas
receitas para que elas não se desintegrem
Esse aí é só um cara qualquer segurando uma cenoura enorme, mas um
ex-cientista alimentar da Campbell’s descreveu as cenouras com
resistência industrial como “semelhantes a troncos de árvore – parecidas
com bastões de beisebol”
8. Muitos sorvetes são espessados e estabilizados com carragenina, que é na verdade um extrato de algas marinhas
O que não é ruim, apenas… esquisito? Mais informações
aqui.
9. Salsichas são preenchidas com uma mescla gosmenta de retalhos de carne, gordura e amido, ou “recheio de cereais”
Recheio de cereais = farelos de pão, farelo de grãos ou farinha,
porque quem é que não adoraria um pouco de farelo de grãos em sua
salsicha? E isso sem falar em todos os adoráveis flavorizantes, corantes
e conservantes que podem estar flutuando por ali também. Se você está a
fim de vomitar mais um pouco, dê uma olhada neste vídeo do processo de
produção.
10. Inúmeros azeites de oliva
importados (e caros) “extra virgem” são na verdade batizados com óleos
de sementes e nozes mais baratos.
Leia o ensaio fascinante (e
hilário) de Tom Mueller sobre a fraude dos azeites italianos, que
acabou virando o livro “Extravirgindade: O Sublime e Escandaloso Mundo
do Azeite de Oliva”.
11. Produtos vermelhos e cor de rosa
são muitas vezes corados com extrato de cochonilha, ou seja, nada mais
nada menos do que os corpos esmagados de minúsculos insetos
Incluindo todos esses velhos conhecidos. O extrato de cochonilha
também aparece listado, por vezes, como ácido carmínico ou carmim.
12. Cremes para café são feitos com xarope de milho e óleos vegetais (hidrogenados e com gordura trans)
Creme coisa nenhuma. Aqui estão os ingredientes listados no rótulo do Coffee-Mate Original Liquid:
água
resíduos sólidos de xarope de milho
óleo parcialmente hidrogenado de soja e/ou de algodão
menos de 2% de caseinato de sódio (um derivado do leite)
fosfato dipotássico
monoglicerídeos e diglicerídeos
aluminossilicato de sódio
sabor artificial
carragenina
E se você precisa de mais um
motivo para parar de colocar creme no seu café, saca só essa textura
superdivertida que surge quando todos esses ingredientes se juntam:
13. Para se fazer bacon, barrigas de
porco são penduradas nessa máquina estranha ao estilo lava-jato e
banhadas com “fumaça líquida”
Essa chuva vermelha horripilante também inclui corantes para dar uma cor mais apropriada de bacon ao porco.
14. O queijo ralado está repleto de celulose – ou seja, polpa de madeira refinada – para evitar que ele fique embolotado
A celulose, feita de fibras de plantas retalhadas (incluindo
madeira), é um aditivo alimentar comum que pode ser usado para deixar o
sorvete mais cremoso ou para engrossar o molho de salada sem adicionar
calorias. Como ela é derivada naturalmente, até mesmo os alimentos
embalados rotulados como orgânicos muitas vezes incluem celulose.
Serragem! Quem diria?
Bônus:
Chocolate
Segundo o Presidente da Associação de Turismo de Ilhéus, Bahia (Ilhéus é a maior produtora de Cacau do Brasil)
1 em cada 3 chocolates fabricados no Brasil não possuem a quantidade mínima de cacau para ser considerado um chocolate.
O valor mínimo de cacau é 25% para que um chocolate seja considerado
realmente um chocolate. Sua classificação deveria ser diferente, assim
como ocorre com o chocolate branco que não passa de gordura e açúcar.
Pão Integral
Pães integrais são falsos em sua maioria pois não são 100% integrais.
O importante ao comprar um pão integral é verificar se ele possui os
dizeres “100 %integral” no rótulo e também se possui uma boa quantidade
de fibras por porção, o que é comum em pães integrais.
Kani Kama
O Kani Kama é um dos alimentos mais falsos, pois tem de tudo menos a
carne de siri que todos acreditam estar comendo. O Kani consiste em uma
mistura de carne de diversos tipos de pescados e amido de trigo, clara
de ovo, açúcar, um extrato de algas, aromatizantes sabor caranguejo,
sal, vinho de arroz e um pouco do mal afamado glutamato monossódico, que
é um dos piores venenos existentes na comida industrializada. Além
disso, sua cor avermelhada também é feita utilizando Cochonilha.
Manteiga na pipoca do cinema
A tão famosa pipoca, que as pessoas gostam de comer antes de entrar
na sala de cinema, também é uma farsa. Aquele cheirinho de manteiga que
você sente enquanto compra seu ticket na realidade é óleo de soja com
sabor artificial de manteiga. A coloração mais avermelhada é obtida com
beta caroteno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário